Nem o Google, nem a internet em geral, nem as enciclopédias do passado…
Desengane-se quem achar que consegue projetar, construir, fazer e gerir projetos e obras sem o esforço constante em aprender, aprender muito.
Conhecimento pressupõe alguém que conhece, alguém que sabe.
Toda a informação do mundo, disponibilizada pela internet, Google, Chat GPT e muitos outros sistemas, é isso e só isso – informação, externa a cada um de nós – não substitui de forma alguma o nosso conhecimento.
Na verdade, se a informação é um elemento vital para o conhecimento (como a água é para a vida), corremos o risco de nos perdermos em demasiada informação (como corremos o risco de nos afogarmos quando a água é demasiada).
É cada vez mais importante a capacidade de filtrar a informação, avaliar e formar uma opinião sobre o que é válido ou não. Acredito mesmo que temos o dever moral de desenvolver um fortíssimo espírito crítico sobre tudo aquilo que deixamos entrar no nosso sistema cognitivo, no nosso manancial de conhecimento.
Digo mais, esse espírito crítico será cada vez mais importante no mundo em que vivemos.
Assim sendo, e repetindo o que disse no início, desengane-se quem achar que consegue projetar, construir, gerir projetos e obras sem o esforço constante em aprender, aprender muito.
E sim, aprender implica trabalho, e não há internet ou IA que substitua esse trabalho.
As boas notícias? Aprender é muito enriquecedor a todos os níveis, é das atividades mais estimulantes que podemos manter na vida. Aprender não é um drama, é muito bom.
Jaime Quintas
Ilustração de Ana Salvado | Todos os direitos reservados